Mário Patrão conquista vitória portuguesa no Dakar 2016
Mário Patrão encerrou hoje em festa a sua quarta
participação na maior proa de Todo-o-Terreno do mundo, o Rali Dakar, sagrando-se
vencedor da classe Maratona e conquistando um brilhante 13.º lugar final na
tabela geral.
O piloto de Seia esteve sempre em crescendo de forma
deste o arranque desta edição de 2016 do Dakar, logrando posições na tabela
geral até à entrada no Top 15 final, objetivo que apontou para esta que foi a
sua primeira participação aos comandos de uma KTM 450 Rally, mota que conquista
também este ano a sua 15.ª vitória consecutiva a prova pelas mãos do piloto
oficial Toby Price.
Neste derradeiro dia do Dakar 2016 Patrão obteve o
décimo melhor tempo na curta tirada de 180 quilómetros cronometrados que
ligaram Villa Carlos Paz a Rosário, na Argentina, aumentando a vantagem que
detinha para o segundo classificado da classe Maratona, o romeno Emanuel
Gyenes, cifrada nas contas finais em 4min16s a favor do piloto português. Mário
Patrão, que a 3 de janeiro largou para a primeira etapa da prova no 33.º lugar,
chega ao final dos mais de 9.000 quilómetros e quinze dias de prova no 13.º
lugar da geral, melhorando assim as duas marcas no 30.º lugar que conquistou
nas edições de 2013 e 2014.
Um resultado brilhante para o piloto beirão, de 39
anos de idade, líder de títulos no desporto de motociclismo off road em
Portugal com um total 25 coroas.
Mário Patrão: “Não podia estar mais satisfeito. Trouxe objetivos e superei-os. Este
resultado é fruto de muito trabalho, de muita dedicação. Não sou um piloto
profissional no Dakar mas provei que posso fazer tanto como eles. Conseguimos
vencer na Maratona e ainda melhorar para 13.º a minha melhor marca na geral
desta prova. O balanço é muito positivo. Chego ao fim do Dakar com vontade de
iniciar já outro. Estes últimos dias foram fantásticos. O meu muito obrigado
por todo o apoio que tive, patrocinadores, família, amigos, muito obrigado.”
O que é a classe Maratona numa prova como o
Dakar?
Do oficial ao aventureiro, diferentes são os objetivos
com que os participantes surgem à partida da mais cobiçada prova de desporto
motorizado off road do mundo. Sendo o Dakar uma prova de regularidade,
disputada ao longo de duas semanas, não é preciso ser o mais rápido para
brilhar.
A classe Maratona é o puro exemplo disso. Destinada a
pilotos que disponham de uma moto stock, contrariamente às de fábrica
utilizadas pelas equipas oficiais e que são adequadas a cada piloto, esta
categoria destina-se a motos cuja versão esteja disponível para o comum
utilizador.
Esta categoria requer dos participantes a capacidade
de completarem os mais de 9.000 quilómetros que “desenham” o Rali Dakar sem
recorrer à mudança de uma série de peças da sua mota, como é o exemplo do
motor, quadro, suspensões, entre outros elementos “primordiais” da máquina.
Conceito Media
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