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Entrevista a Sofia Porfírio


Entrevista realizada pela Comissão Feminina da FMP

Esta semana entrevistámos mais uma das nossas pilotos nacionais, Sofia Porfírio, que compete nos Campeonatos Nacionais de Enduro e de Trial, ambos a decorrer neste momento, ocupando o 3º lugar no Campeonato Nacional de Enduro Classe Senhoras e o 5º lugar no Troféu Consagrados de Trial.
Sofia, com apenas 20 anos e estudante a tempo inteiro, deseja sobretudo poder continuar a fazer o que gosta, competir nas motas.

FMP: Desde quando a paixão pelas duas rodas?
SP: Esta paixão pelas 2 rodas começou quando era mesmo pequenina, quando o meu pai ia andar de mota para o monte na aldeia e pedia-lhe para me levar. Mais tarde fez-me uma surpresa e deu-me uma mota, Honda QR 50, para lhe fazer companhia nos passeios.

FMP: E a competição, quando e como começou?
SP: Tudo começou em 2010 onde fiz a minha primeira prova no Campeonato Nacional de Trial. Mais tarde, numa brincadeira entre amigos decidimos começar a praticar Enduro e, primeiro em 2012, começei no Campeonato Regional Norte e depois participei na primeira prova do Campeonato Nacional de Enduro em 2013.

FMP: Que mota tinhas? E que mota tens agora?
SP: No Trial era uma Gasgas 125 e no Enduro era uma TTR125. Agora tenho uma Husqvarna 125 TE no Enduro e uma Sherco 125 no Trial.
FMP: Qual foi a maior lição até hoje? Conta-nos a história...
SP: A maior lição que tive foi em 2013, na minha primeira prova de Enduro no campeonato nacional. Foi uma prova em que estava muito calor, não estava habituada àquele tipo de ritmo e estava com uma mota completamente desconhecida tendo sido cedida para eu ir fazer essa prova. Foi uma lição para a vida em que nunca mais faço uma prova sem ter a noção da mota em que vou correr.

FMP: E sucessos, qual foi o maior até hoje, e como te marcou?
SP: Ter ficado em 3º lugar em 2014 e 2016 no Campeonato Nacional de Enduro. Tem sido um desafio muito grande conciliar as motas e os estudos e tudo isto tem sido um sucesso para mim.
Outro grande sucesso foi ter estado presente em 2016 no Campeonato do Mundo de Enduro em Gouveia. Foi uma prova bastante desafiante e bastante difícil devido às situações climatéricas e acabei por fazer pódio na classe Senhoras Nacional.
O momento mais marcante para mim foi no final de 2015 em que recebi a notícia de que ia voltar a correr no Nacional de Enduro em 2016 e que ia ter uma mota nova.



FMP: Quais são as maiores dificuldades para poder competir e que conselhos darias a quem está a começar?
SP: As maiores dificuldades são mesmo os apoios monetários. É um desporto onde se gasta muito dinheiro, mas felizmente tenho tido alguns apoios que me têm ajudado imenso e sem dúvida os meus pais também têm contribuído para este sonho.
Para quem está a começar, aconselho força de vontade, dedicação, ambição, esforço e muito sacrifício, é isto que digo a mim mesma todos os dias. É um desporto que não se aprende a fazer do dia para a noite. É preciso ter muitas horas em cima da mota e complementar com exercício físico para se ter resultados.

FMP: Onde sugeres que as senhoras/meninas a começar agora vão procurar apoios?
SP: Para competir não é preciso complicar muito, só é necessário ter uma mota minimamente em condições para fazer provas e nunca desistir logo na primeira dificuldade, porque aquela não deverá ser a única. Os apoios é procurar em todo o lado. Tudo o que vier é bem vindo e é sempre dado de bom agrado.


FMP: Quais os planos para esta época e o futuro?
Ainda não estão bem definidos porque quero muito acabar o meu curso para o próximo ano lectivo, mas serão como este ano fazer o Nacional de Trial e Enduro, e quem sabe ir representar Portugal a nível internacional.
O meu maior sonho é participar num Trial das Nações e no Seis Dias de Enduro.

FMP Comissão Feminina

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