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Maio capitaneou armada lusa


No final da segunda parte da primeira etapa do Dakar 2022, hoje com exigentes e duros 333 quilómetros depois dos 19 quilómetros iniciais realizados no dia de ontem, foi quase em sentido inverso que o ‘armada lusa’ chegou a Hail para ‘descansar’ na segunda noite da edição 44 da mais importante prova do TT mundial, a primeira do novo campeonato do mundo Rally Raid.

Melhores entre os lusos no dia de ontem, Rui Gonçalves e Joaquim Rodrigues tiveram hoje um dia mais complicado, sendo que para Rodrigues mais de uma hora perdida para encontrar um ‘waypoint’ o fez descer ao 30º posto. Pior dia teve Rui Gonçalves que fruto de um problema técnico desceu ao 70º posto e tem mais de duas horas e 15 de diferença para o comandante da prova, o australiano Daniel Sanders que repetiu a vitória do dia de ontem para assinar a sua segunda vitória no Dakar.

Melhor – mesmo com algumas dificuldades que ultrapassou com distinção – esteve António Maio que foi 15º no final do dia e assim assumiu idêntica posição na geral, sendo agora ele o ‘capitão da selecção nacional’. O dia foi igualmente muito positivo para Alexandre Azinhais que fechou esta primeira etapa na 66ª posição, sendo que Pedro Bianchi Prata foi o 81º ligeiramente na frente de Paulo Oliveira (90º) este com Arcélio Couto por perto na 91ª posição. Mário Patrão é o 97º, ele que está na 22ª posição entre os pilotos que não têm qualquer assistência, os conhecidos ‘mallet moto’.

Amanhã o Dakar deveria realizar a primeira parte de uma etapa maratona mas fortes chuvas caídas no local onde estava previsto ser realizado o acampamento no final do dia (Al Artawiya) forçaram a organização a alterar o programa que será oportunamente comunicado aos pilotos e equipas sendo certo que o acampamento no final do terceiro dia será realizado em Al Qaisumah e o percurso a realizar será idêntico ao originalmente desenhado.

António Maio: ‘A etapa de hoje foi só areia, só fora de pista e não era um percurso ao meu jeito. Muita ‘bossa de camelo’, nada de dunas grandes, apenas aquela areia mole, chata, com ‘ervinhas’. O início foi tranquilo, mas ao quilómetro 8 havia uma vala de perigo 2. Saltei, mas o impacto foi um pouco mais forte e ‘disparou’ o airbag. Acabou por esvaziar, mas tive de ir com mais cautela e fiquei um pouco desorientado. Ainda antes da neutralização onde pude trocar o ‘airbag’, perdi muito tempo numa trialeira com pedras e areia, foi complicado pois a moto enterrava-se e já não sabia o que fazer. Ter perna curta é o que dá. Na parte final já consegui meter um ritmo em que me senti confortável, já estava também mais habituado ao tipo de terreno. A navegação correu bem, foi tranquila, não tive grandes problemas, mas a corrida está mais exigente este ano relativamente aos anteriores o que pode ser bom para mim. A moto está impecável e o Bruno continua a tratar bem dela.relatou António Maio no bivouac em Hail.

Rui Gonçalves: ‘O dia começou bastante bem, com um bom ritmo na parte inicial, mas ao quilómetro 88 comecei a sentir alguns problemas com a moto até que esta parou. Depois de várias tentativas e de a ter desmontado 3 vezes consegui encontrar o problema. Acabei por perder cerca de uma hora e meia e por momentos achei que este Dakar ia acabar mais cedo para mim. Nesse momento o principal objetivo mudou e passou a ser levar a minha moto até ao final da etapa. Agora é esquecer o dia de hoje porque amanhã temos uma nova etapa pela frente. Neste momento estou focado em pensar de forma positiva e concentrar-me para os restantes dias que serão obviamente desafiantes para todos.’

Classificação após Etapa 1:

15º António Maio (Yamaha) a 36m50s
30º Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) a  – 56m24s
66º Alexandre Azinhais (KTM) a 2h02m59s
70º Rui Gonçalves (Sherco) a 2h15m25s
81º Bianchi Prata (Honda) a 2h44m50s
90º Paulo Oliveira (Honda) a 3h14m04s
91º Arcélio Couto (Honda) a 3h15m55s
97º Mário Patrão (KTM) a 3h24m18s 

FMP

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