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Terminou o FIM Enduro Vintage Trophy 2025!

Terminou hoje em Pieskoswów, Polónia, a edição 2025 do FIM Enduro Vintage Trophy, com vitória da Seleção da Alemanha, composta por Bert Von Zitzewitz, Johannes Steinel e Uwe Weber, na competição principal, o Troféu de Veteranos para equipas de seleções nacionais. A equipa francesa terminou no 2º posto à frente da seleção da casa, a Polónia.

Portugal, com o abandono de Paulo Marques e António Lopes devido a problemas mecânicos ao segundo dia de prova – o primeiro dia de Enduro ‘a sério’ -, somando uma hora de penalização por piloto desistente a cada dia, não escapou ao 11º e último posto por países, depois de ter conquistado lugares de topo nas edições anteriores (respetivamente 3º, 5º e 4º lugares nos três últimos anos).

Em prova permaneceu António Silva que, inscrito com uma Puch Frigerio 75 na classe B0 (para motos até 80 cc e construídas até 1979), levou a bom termo a sua prova, sendo hoje novamente o 3º colocado da classe na tradicional especial de Motocross final. No entanto, uma penalização de 4 minutos sofrida ao 2º dia de prova fê-lo terminar no 4º posto da classe, ainda assim uma brilhante participação com aquela que, teoricamente, seria a moto da classe mais ‘frágil’.

No próximo ano, o FIM Enduro Vintage Trophy terá lugar em Zschopau, na Alemanha, e o trio luso ficou, apesar de tudo, animado com o potencial da equipa para as próximas edições.

António Silva
“Saio daqui com uma nota positiva e uma negativa. A corrida foi dura, mas agradável, fiquei muito satisfeito por, na minha opinião, ter sido competitivo na classe. Gostei bastante de ter mudado de classe e correr nas 80, acho que descobri finalmente a minha classe para o futuro. Mas aqueles quatro minutos de penalização no segundo dia deitaram por terra todas as minhas ambições de fazer o resultado que acho possível de alcançar nesta classe. Poderei fazer um bom resultado para o ano, com uma preparação mais cuidada da moto. E nós, como equipa, podemos conseguir um bom resultado na Alemanha em 2026.
Por fim, queria ainda agradecer ao Manuel Moura e família, que dedicaram dois dias das férias deles para nos ajudarem nesta participação. Esteve presente no segundo e terceiro dia para nos apoiar e ajudar com os seus conhecimentos e a sua organização, para que tudo corresse bem nas assistências e nas especiais.”

Paulo Marques
“Fui desafiado à última hora, não estava propriamente a pensar em passar aqui uns dias das férias, mas acabou por ser uma experiência engraçada. Claro que, desportivamente, não correu como gostaríamos. As motos antigas trazem sempre problemas e acabou por me acontecer também – um eixo partido no braço oscilante é algo que não lembra a ninguém, foi um grande azar. Eu estava motivado, na semana e meia anterior preparei-me um bocadinho, e gostei muito. Quero agradecer ao António Lopes e António Silva a oportunidade, foram parceiros fantásticos. Felizmente o Toni esteve ao seu melhor nível, a lutar pelas primeiras posições na classe de 80cc. E eu, claro, fiquei com o ‘bichinho’, não corria há uns bons anos em competição, mas continuo a andar de moto e a gostar de Enduro, e espero para o próximo ano poder estar presente. Terei que ver com que moto, ainda não sei bem, temos de pensar, mas acho que Portugal tem uma palavra a dizer nesta competição, como já tinha sido provado anteriormente. Temos condições de trazer aqui uma equipa de ‘velhotes’ a um bom nível! É um desafio grande, mas tudo é possível. Um abraço a todos os que nos apoiaram e obrigado!”

António Lopes
“Primeiro que tudo, como experiência achei espetacular. Estamos a competir com algumas das glórias deste desporto e, ao mesmo tempo, com pilotos que já tinham competido connosco. Demos conta que somos competitivos – há sempre aqueles ‘extraterrestres’, mas são só dois ou três – e que, apesar da idade, conseguimos andar de moto, ‘curtir’ a dureza da prova e ficar entusiasmados para continuar. Nesse aspeto a experiência foi muito positiva e talvez saia daqui o embrião para fazer uma equipa de Portugal mais completa, que vá participar na Alemanha (em 2026) e que possa fazer uma boa prestação no ano a seguir em Portugal. Por outro lado, tanto a mim como ao Paulo correu-nos mal, porque tivemos avarias que, se calhar, são próprias destas motos mais antigas, mas que não nos ocorreu que pudessem acontecer, nem nunca tinham acontecido nas nossas vidas nas motos. O Paulo partiu o veio do braço oscilante e eu parti o carreto da cambota que liga à embraiagem – a moto trabalhava, mas não andava, e fiquei a meio do primeiro dia de percurso. Mas as corridas são assim, as motos são assim, e no cômputo geral gostei imenso e fiquei com vontade de repetir, que acho que é o mais importante.”


FMP

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